.comment-link {margin-left:.6em;}

MY WAY-2012-III

SUMÁRIO: *** COSMIC MEMORY *** GNOSE VIBRATÓRIA - EM DEMANDA DO GRAAL - O LABIRINTO DA ETERNIDADE - NA SENDA DO MARAVILHOSO - ENERGIAS E SINERGIAS

Saturday, July 15, 2006

DESCOBERTA 93

9236 caracteres - 3 páginas - csp-1> = que significa críticas sobre o pêndulo -«diário de uma descoberta » - ocorrências da raiz : 2 - 9108 caracteres csp-1>adn> = críticas sobre o pêndulo (CSP)

Das dúvidas às críticas - INRTERLOCUTOR VÁLIDO PARA BRAIN STORMING (EMERGÊNCIA),
PRECISA-SE

+ 9 PONTOS

1 - Será a Radiestesia Alquímica (RA) o que parece? Será a RA o que promete? Neste momento, 26 de Junho de 1993, a pergunta começa a justificar-se, ainda que a resposta não se afigure fácil. A expectativa de resposta às grandes dúvidas e questões é cada vez mais remota e mais improvável. De facto, ao nível pedagógico, no mero campo onde a lógica formal clássica tem inicialmente que funcionar, como tampão ao Cáos, as contradições acumulam-se e chegam já para criar um grande buraco negro de dúvidas em torno daquele Aprendiz que, in extremis, em desespero de causa e para fugir ao suicídio (aos ventos do deserto, infinito e eterno) se refugiou na solidão da RA. Mas não parece que, no refúgio da Radiestesia, a Violência seja menor do que a violência deste malfadado mundo de Kali Yuga e Terror em estado alquimicamente puro, em que gememos e choramos.
2 - Quando nos ameaçam de proibir a gravação dos seminários, o Aprendiz de 60 anos de idade fica gelado de espanto, e mais gelado fica quando, a seguir, ouve críticas igualmente severas àqueles (alunos) que estão a usar incorrectamente as informações recebidas. É caso para dizer: mas que tenho eu a ver com isso? E porque hei-de levar com uma roda de mercenário, eu que, se tivesse tido juízo e lutado pela vida. pela carreira e pela fortuna, não estava aqui, a implorar refúgo na Radiestesia. e uma porta de saída para os meus terrores e infernos diurnos. De facto, se há quem esteja obcecado com o que comercializa ou deixa de comercializar, que se desobeceque. É que, de todo, não tenho nada a ver com isso nem quero ter.
3 - No que respeita à passagem correcta da informação, pergunto-me se será correcta a informação passada através de slides que não se decifram e onde a maior parte das linhas são ilegíveis. Rigor científico, sim senhor, mas então... Bom, mas então... São diagramas que, na maior parte dos casos, não figuram nos livros e que o estudante precisa para trabalho de casa. Pergunto eu se isto contribui para a qualidade do trabalho futuramente realizado. Quando, durante dois segundos, se mostra um diagrama e se retira a seguir, porque os seminaristas não o devem ver durante muito tempo não vão querer comercializá-lo, pergunto-me que estranho jogo é este ou então que brincadeira é esta. E que especial conceito de rigor didáctico isto encerra. Que houvesse fotocópias destes diagramas era o mínimo que se poderia esperar. Mas possivelmente não há, porque há o perigo de alguém, entre os muitos mal intencionados que por aqui pululam, roubar o copyright e comercializá-lo.
4 - Claro que há uma resposta feita para este caso, como há uma resposta feita para todos os casos em que o aluno se interroga sem perceber. A ciência é oculta e deve preservar-se. Esta, de facto, é de morte. Se a ciência é tão oculta, podiam e deviam ter ficado com ela. Se a divulgam, só há que a divulgar correcta e abertamente. E se passam slides, que os passm visíveis e tirem fotocópias. Outra resposta feita é que há pessoas a fazer mau uso da ciência radiestésica. E os que querem fazer dela bom uso? Não há? Não são também considerados? Ou os portugueses é tudo uma data de «cons»? Aliás, escamoteando a informação - porque há uma escamoteação da informação - cada vez será mais incorrecto o uso da informação (mal) recebida. O caso das cassetes é elucidativo: sob o pretexto de que alguém anda armado nos seminários, quer dizer, anda a comercializar cassetes, proibe-se que a esmagadora maioria (que é de gente honesta, porra! ou só os franceses é que são honestos?) tenha acesso a um direito e um instrumento imprescindível de trabalho para a sua correcta evolução como aprendiz. Posso compreender que os nossos mestres se queiram preservar de energias pouco agradáveis, cortando a palavra e a oportunidade de palavra aos que tenhamn dúvidas ou críticas a fazer. Mas quem muito se preserva... E se um radiestesista é um radiestesista, deve ter mecanismos de defesa e controle, não deve andar a fugir, como um taradinho, das energias nocivas.
5 - Aliás, em relação a isso, o nosso monitor de curso fez várias alusões, no seu estilo sempre irónico, ainda que a ironia nem sempre seja a mais indicada e aconselhável, Mais uma vez, ele parece falar a uma turba-turma de carneiros. No capítulo das ameaças, já só falta os mestres dizerem-nos que, se os meninos não se portam bem, nunca mais cá virão. Para aumentar o preço dos seminários, não era preciso ameaça tão forte.
6 - Qualquer dia temos os nossos terapeutas todos, muito zangados, a dizerem que fazem greve às consultas, se os doentes não se tornarem humildes e dóceis e se continuarem a fazer perguntas «bêtes». Qualquer dia somos ameaçados, enquanto burros e enquanto doentes, de ficarmos sem terapeuto-dependência em que os nossos terapeutas nos colocaram. Tudo isto, claro, em nome do combate ao assistanato que é típico das nossas instituições de horror em geral e da medicina em particular. O aluno (o doente) pergunta se a via didáctica do dá-e- tira. até agora seguida, é a via didáctica mais correcta para nos retirar do assistanato e do aprisionamento em que o antigo sistema nos colocou e de onde o novo sistema ainda não nos tirou.
7 - A pergunta a fazer e que exige resposta dos responsáveis da Radiestesia (responsável é o que responde e não o que foge às respostas) é esta: até quando vai a aluno ficar na dependência dos mestres e terapeutas e da própria Radiestesia? O que se desenha, neste momento, é uma interminável dependência - um novo assistanato - tão opressora e aprisionante como as antigas. Esperemos, com fé em Deus, que não seja por muito tempo.
8 - Resta como indiscutível uma constatação: cortar a informação - seja a que pretexto for - é o Pecado mortal num sistema que tem, como deve ter o da RA, a sua essência e natureza, na própria e máxima circulação da informação. É perverter a própria essência da radiestesia, bloquear, subtrair, negar, sonegar e adiar informação.
9 - O que é dito aos alunos, sobre pedra filosofal e o «nomen» místico, serve de exemplo de uma didáctica a que chamaria anti-didáctica: porque em vez de explicar, complica. Em vem de caminhar para o global, desencaminha para o acessório e para o pormenor analítico. Em vez de servir de porta para o indidizível, se torna, ela própria, uma cifra, uma charada indecifrável. Matéria de informação temos de sobra, nos livros, nas cassetes, nos seminários. temos até demais. O que não temos são os mecanismos metodológicos e auto-pedagógicos que nos permitam, cada um por si e na solidão de casa, desembaraçar os vários fios da meada que nos vão sendo propostos como se houvesse o propósito de nos enredar neles. A única autoridade que tenho para dizer e escrever isto, advém-me dos cabelos brancos. E da minha imensa ignorância. Devo ter o dobro da idade do Jean Noel. E a Radiestesia, para mim, não é um ideal de juventude, não é um projecto de carreira para ganhar dinheiro, mas um caso de vida ou de morte. Uma opção alternativa ao suicídio e à esquizofrenia. Fala-se tanto em esquizofrenia, a que se dá o estatuto lindíssimo de ciência iniciática (tomara eu que fosse) mas aparece um caso de esquizofrenia galopante que é o meu, entre os alunos, e nem sequer como cobaia de estudo é estudado e considerado. O desprezo e desatenção aos casos individuais, parece-me ser outro erro de uma didáctica que se arroga de impecável. Aflige-se muito com os interesseiros, com os casos dos que estão carregados de MAGA e que querem mais MAGA, mas os que já vomitaram MAGA (como eu) e estão na RA por causa disso, não são sequer ouvidos.
E de não ser ouvido é do que me queixo. Tendo procurado na Radiestesia Alquímica refúgio para um mundo de incomunicação e autismo, chego afinal à brilhante concluão de que a Radiestesia Alquímica, a pretexto de «proteger» dados e informações, se transforma também em uma rede de incomunicações. Aqui, evidentemente, a minha paciência de velho impaciente de 60 anos, explode. A vida foi para mim uma conversa de surdos. Os pobres dos doentes designados autistas por este sistema dos três M (Merda, Morte e Mentira) são, no fundo, os menos autistas disto tudo. Agora que a Radiestesia aparece com a promessa de um novo paradigma para a Comunicação, baseando os seus princípios paradigmáticos e programáticos na Informação, no máximo de informação circulante entre o Céu e a Terra, é com verdadeiro espanto que noto bloqueios e «nós de Hartmann» por tudo o que é estudo e ensino da radiestesia. A pretexto de que divulgar conhecimentos é perigoso. Então, deviam ter guardado a caixinha de Pandora bem guardada, não publicar livros nem dar seminários. Agora que a caixinha de Pandora está aberta, de nada serve recuar. E quanto mais se recuar - ou seja, quanto mais a informação fidedigna for neutralizada e bloqueada, mais os demónios negros se soltam e espalham por este mundo de Merda e de Cristo.
***

RADIESTESIA 94

oqmieg-1>adn>cartas> oqmieg = o que me irrita em etienne guillé

15/JULHO/1994

DIÁRIO DE UMA DESCOBERTA - MASOQUISMO?

15/Julho/1994 -Não é já só um exercício de humildade o que a radiestesia exige de nós, exige de mim. Mas um acto de humilhação, de autopunição permanente, possivelmente para «reussir» aquele objectivo masoquista de «desestruturar» o suporte e emagrecer o Ego, os vários egos de que o nosso ego é composto. Acontece que nunca tive os meus méritos e talentos e conhecimentos em grande conta. Mas, para continuar vivo, ao longo de 61 anos, tive que apoiar-me em algumas muletas (receitas, porquoi pas?). Por exemplo: tendo perdido completamente a memória com uma intensiva medicação de Valium (que a medicina me receitava para a depressão crónica), refugiei-me nas ideias, no raciocínio, na inteligência, na pouca inteligência que me restava. Agora, na radiestesia, dizem-me que quanto mais estúpido melhor e tudo isso são «remparts», que impedem o meu acesso ao mundo do Continente Perdido. E nem mesmo é vantagem o que podia parecer uma vantagem - a falta de memória. Não é a falta de memória (memória tão necessária para decorar toda a matéria, bem exigente, da radiestesia) que interessa à destruição dos «remparts». Ainda estou, aliás, para saber o que será. Também o meu triste fado de ter sempre intuições muito antes dessas intuições chegarem ao limiar da opinião pública, só na aparência é uma vantagem em radiestesia. A intuição de que em radiestesia se fala não é a mesma. Tão pouco a memória é a mesma memória e a inteligência é a mesma inteligência e a sensibilidade é a mesma sensibilidade e a emoção é a mesma emoção. A intuição de que me reivindico está, ao que parece. muito ligada ao ego mental, às armadilhas do ego mental. Não digo que não, mas... A intuição de que se fala em radiestesia é uma intuição para os espaços-tempo transcendentes - que nada têm a ver com estes espaço-tempo lineares onde unica e pobremente me movo.
Mas não acaba aqui o meu triste fado de aprendiz de radiestesia. Eu que sempre odiei o Número (Nombre), as matemáticas puras (e impuras), a Geometria, a abstracção, tenho de reconhecer agora que o terreno de eleição da radiestesia é o Número. No entanto, no entanto, a Imagem, a Lenda, o Mito, tão relacionados com os Arquétipos, é que são também o terreno de eleição na radiestesia. No entanto, no entanto, acho que não é grande vantagem eu ter sempre privilegiado a Imagem, a Lenda, o Mito, e, na minha «petite bibliothèque», os contos e lendas, o inconsciente colectivo, as obras completas de Jung, os escritores e pintores surrealistas, os sonhos, a obra «Le Matin des Magiciens», esse poderoso «brain storming» e toda a bibliografia dela «issue», a revista «Planète» em 3 línguas, a poesia. É verdade, é verdade: de nada me serviu e só me criou remparts, ter cultivado a poesia, lido tantos poetas, ter publicado dois livros de versos. Teria, provavelmente, menos «remparts» se tivesse dedicado a minha vida de repórter a fazer a crónica da bolsa, em vez de me ter perdido e suicidado profissionalmente, com as energias alternativas, com as medicinas doces, com as tecnologias leves, com as artes e ofícios tradicionais. Teria menos «remparts» se tivesse consagrado os 35 anos de profissão a ganhar dinheiro, um carro, uma casa, etc. É caso para perguntar: se, por imposição da radiestesia, já deitei a minha biblioteca (e respectivos projectos) ao lixo, que mais devo deitar ao lixo, já que nem aquilo que, aparentemente, servia, a nova ordem de coisas e o novo cosmos, pareço ter acertado e efectivamente serve à exigente Gnose Vibratória?
Pas de révolte, mais une certaine malaise de tout ça. La vie est déjà une suprème chatice mas a gnose vibratória ameaça torná-la (se é que é possível) uma chatice encore «maior».
Por exemplo: há momentos, no discours de Patrice e de Etienne, em que sinto vibrar as minhas próprias ideias. Par exemple: quand vous nous parlez de mythes et de l'absence de mythes dans le monde moderne. J'ai elaboré presque une théorie à ce sujet, j'ai interpreté toujours les media, la littérature de fiction, les films, dans la base d'une mythologie contemporaine, très degradée mais qui est le miroir de la propre societé. Mas também o que escrevi sobre os mitos contemporâneos e a necessidade humana de mitos encaixa no que a Gnose Vibratória preconiza. Apesar das barreiras que oponho, porque será que tinha em casa, quando se deu o encontro com a radiestesia, a obra completa de Jung? E porque significou o «Le Matin des Magiciens» um «brain storming» poderoso? Porque coleccionei toda a revista «Planète»? Porque me fiz leitor do budismo tibetano e da ordem Nyingma?
***

Thursday, July 13, 2006

E.J.HOLMYARD 93

93-07-13-bm> holmy -1>adn> - exercício de emergência com holmyard – leituras de estudo

O CENÁRIO HERMÉTICO(*)A ALQUIMIA DAS PALAVRAS

+ 6 PONTOS

Lisboa, 13/7/1993 - 1 - Ponto assente na história dos alquimistas é de que a lógica binária ou aristotélica foi gradual ou radicalmente substituída pela lógica analógica. Ou antes e bem vistas as coisas: a lógica analógica, de que emana a alquimia, precede a lógica aristotélica. E daí o obscuro, penumbroso período a que se chama «filosofia pré-socrática».
Ou seja: na lógica analógica, há sempre um sentido translato num discurso, cenário, objecto, símbolo apresentado. Nunca o sentido é literal. Cuidado, pois, com as analogias, terreno movediço onde se perde o pé. Sempre que se procuram analogias, cai-se, de facto, na facilidade: para Giambattista della Porta (1538-1615), por exemplo, animais como a girafa «criaturas gentis, de espírito subtil, com seus corpos esguios e longos pescoços, identificam-se com as substâncias etéreas e delicadas»...

2 - Nos textos de alquimia, há palavras que se vão tornando, por destilação, cada vez mais significativas e significantes. A «magia da palavra» e a «alquimia da palavra» são conhecidas dos literatos, particularmente dos surrealistas e de alguns poetas. O poeta também «destila» certas palavras, como o pintor destila motivos e cores. O sentido vai mutando, transmutando. Não é por acaso que todo o aproche exegético da Alquimia feito por Julius Evola (in «La Tradicion Hermética») se faz através da nomenclatura [ Ver decantação, etc]

3 - É difícil ver na história dos alquimistas apenas uma actividade paralela à verdadeira alquimia interior. A questão que se coloca é esta: que ligação há entre o cenário montado por todas as histórias da alquimia - com fornos, atanores, destilarias, chumbo, pelicanos, alambiques, kerotakis, receptáculos, fornalhas, braseiros, frascos, tenazes, pás, caçarolas, lamparinas, retortas, hematites, provetas, funis - e a questão «energética» (vibratória) a que toda a alquimia deverá referir-se para ter algum sentido além do meramente folclórico, de mero incidente na história da química gloriosa?... O cenário externo do alquimista apenas como prova de paciência preparatória da iniciação ou alquimia interior do iniciando, é inverosímil.

4 - Algumas palavras em «acção» (sufixo de Informação), a «destilar» e «ampliar» por conceitos alargados, simbolismos, alegorias, transliterações sucessivas [ Ver decantação]:
- Amalgamação
- Calcinação
- Ceração
- Cristalização
- Destilação
- Dissolução
- Evaporação
- Filtragem ou filtracção
- Qualidades elementares ou naturezas
- Sublimação

5 - INTERFACES DA ALQUIMIA - As cores, tais como os animais míticos, (leão, urso, veado, avestruz, cameleopardo (girafa)), contam-se entre as «constantes» que devem ser notadas no cenário montado em todas as histórias de alquimistas. E, claro, a presença de símbolos zodiacais. A astrologia não se desliga da alquimia, a alquimia não se desliga da magia, a magia não se desliga da zoologia fantástica, a zoologia não se desliga da numerologia, e por aí adiante. Tudo se passa, pois, como se os textos alquimistas nos atirassem itens de informação só para nos baralhar: animais, árvores, contos, cores, curas mágicas ou miraculosas, estrelas, lendas, nascentes, números, pedras, planetas, plantas, quadrados mágicos. Tudo se passa como se uma lógica - ou espírito - não desvendada, presidisse a essa morfologia variada e desvairada. Como se, através dessa selva de signos que significam sempre outra coisa do que significam, como se pela variedade das formas, uma divindade nos punisse de não termos sabido conservar a Unidade Primordial perdida. Nos condenasse pela nossa incapacidade de discernir o uno universal, o Universo do diverso. Assim a história dos alquimistas se faz de histórias e mais histórias... Mas a história é sempre a mesma.

6 - A palavra «tradução», que muito se parece com transmutação, evoca uma certa acção alquímica e o trabalho de tradução tem, como sabem quantos se lhe dedicam, muito de subtil destilaria, de insistente decantação, de paciente alquimia. Na história dos alquimistas, sempre as palavras têm a palavra e os tradutores que empreenderam a translação dos textos árabes para as línguas europeias são uma fase típica desta história. E a lista de termos directamente adaptados do árabe anima-se: (Ver Holmyard, pg.115)
-----
(*) As peças do cenário aparecem inventariadas na palavra glossário do dicionário ADN e foram colhidas na obra aqui comentada: «A Alquimia», de E. J. Holmyard , Colecção Pelicano, Editora Ulisseia, Lisboa, 1957
***

Monday, July 10, 2006

A BOA NOVA 94

94-07-10-iv> = interlocutor válido, procura-se - 19717 caracteres - 5 páginas - bruxela0> - merge doc de 2 filesd wri de nome diferente mas conteúdo igual: e - 11136 bytes 9495 caracteres -bruxela> cartas>adn>manual>

CARTA AO J.C.M.:A ECOLOGIA ALARGADA EM ETIENNE GUILLÉ

Lisboa, 10/7/1994 - A obra de Etienne Guillé não anda longe das preocupações ecológicas nem nega qualquer perspectiva analítica dos ambientalistas. Só que as globaliza e amplia a uma escala nunca dantes vista. Parece-me, desde que o leio, que ele consegue fazer desequilibrar os pratos da balança energética a favor da Neguentropia, ao contrário, como se sabe, do que actualmente acontece, onde tudo chegou aos limites da Entropia, incluindo ecologistas.
Além de biólogo molecular, Etienne tem uma formação sólida em termodinâmica dos sistemas abertos: e a vida é um sistema aberto, embora esteja neste momento a funcionar como sistema fechado, daí todas as perversões. Etienne integra os dados ecológicos (a crise planetária de recursos) num conjunto mais vasto e mais «poderoso» de energias, em que o sistema solar é apenas uma estação de passagem... Ensina o método - a linguagem vibratória de base molecular - que nos pode dar acesso à informação energética pura, a essas energias cósmicas (de elevada frequência) e, com a ajuda delas, pode ajudar a fazer sair o Planeta do beco sem saída onde o metemos (mesmo os ecologistas, como se sabe, involuntariamente contribuem para reproduzir o sistema, a espiral infernal logarítmica (em que Etienne tanto insiste).
É então e finalmente a famosa saída vertical, quando todas as saídas na horizontal se encontram fechadas. As escolas de iniciação (incluindo a de raiz budista) são integradas e superadas pelo método de Guillé, que recebe em directo as informações cósmicas, embora, no livro, comunique apenas o que é comunicável, deixando uma zona de sombra que nos compete a nós, seus alunos, descobrir. Todas as informações terão, no entanto, de passar por uma profunda alquimia pessoal, o que não se faz evidentemente só pelos circuitos mentais do costume.
«Maitriser» o processo é, por agora, a etapa em que se encontram alguns aprendizes da sua obra. Regularmente centenas de pessoas têm participado nos seminários que Patrice Kerviel (filha de Etienne Guillé) e seu marido Jean Noel Kerviel vêm dar a Portugal. É um método de extraordinária complexidade mas fascinante e ambicioso: trata-se de ter acesso à eternidade (sem complexos), de aprender a dialogar com o invisível (a nossa hereditariedade vibratória) e com o infinito, compilando para isso a informação de todas as grandes tradições do sagrado e filtrando essas informações por um filtro objectivo, a que chamam «grelha analítica», instrumento básico deste trabalho, uma espécie de «cartilha maternal» deste «approche».
O Pêndulo é a ponta visível deste invisível fio de Ariadne - e que, pelos seus movimentos, pelos seus batimentos e pela sua amplitude, nos coloca em ressonância os nossos diapasões (o ADN) com o diapasão cósmico. É uma alquimia inevitável nos nossos 600 biliões de células, alquimia que passa por fases clássicas (Nigredo, Albedo, Citredo e Rubedo) os chamados por Etienne Guillé «stresses positivos».
A grande questão que se coloca - e que outros também colocarão - é fazer com que esta démarche aparentemente individual não se torne esterilmente individualista mas que, transmitindo-se como um rastilho, se vá alargando a quem estiver em condições de a assimilar. Para ajudar a humanidade a sair do Beco. A tradição egípcia (época de ouro) é a que, segundo Guillé, oferece maior fiabilidade e o alfabeto hieroglífico (língua sagrada» lhe chama Enel) ainda guarda a informação vibratória primordial em estado puro. Também o alfabeto ogâmico dos druidas - ou alfabeto das árvores - tem essa qualidade. E, prestando homenagem aos amigos da Natureza e do «verde», as árvores estão no centro dessa mensagem, particularmente algumas árvores que, em número de 24, correspondem, uma a uma, a cada letra do alfabeto latino. As letras deste alfabeto compõem a referida grelha, base da linguagem universal com a qual iremos entrar no Terceiro Milénio, como se regressássemos ao tempo anterior à torre de Babel.
Um novo Cosmos, vibrando em frequências na base do Fi (unidade de medida do espírito) põe-se em movimento em 26 de Agosto de 1983, abrindo as portas a uma Nova Idade de Ouro. A questão é se iremos a tempo de evitar a catástrofe planetária, antes de «maitriser» essa novas energias que são postas à disposição dos seres humanos, até agora vibrando sob a Era dos Peixes, a mais materialista das eras zodiacais (precessão de equinócios) que o universo já viveu (sofreu).
Tudo o que ecologistas disseram e preconizaram sobre energias alternativas, está, a esta luz, correcto. E todo o grande princípio da autarcia e da auto-suficiência. Mas há que fazer a aliança com as restantes energias do espectro electromagnético, que vão, através do sistema solar, até ao canal divino... Como leitor apaixonado de Etienne Guillé, só vos posso dizer que, contra todas as aparências, nada soa a charlatanismo no seu discurso e, também, no da Patrice, que nos tem dado os cursos, da máxima exigência no aspecto intelectual, mas fazendo apelo à nossa aliança com o continente perdido que é a face positiva do inconsciente colectivo.
Jung aproximou-se deste vórtice que Etienne e Patrice nos ensinam a percorrer, deste labirinto que é a nossa própria condição de seres humanos. Como se calcula, a nossa arrogância intelectual tem perdido terreno, mas sentimos sempre que ainda estamos longe, muito longe de conseguir curar-nos de todas as taras que o ego intelectual deixa em nós. E é possível que nunca se consiga vencer essa barreira. Sonhar pouco e mal, por exemplo, é, nesta démarche, um sinal patológico. A análise dos sonhos é um dos métodos de diagnóstico mais utilizados. E o reencontro com os contos de fadas e lendas um dos caminhos que abrem caminhos. Fazer a ponte entre o cérebro esquerdo e o cérebro direito - dualidade que é o foco das nossa dualidades -, será em termos de fisiologia humana uma exigência a «accomplir». Ultrapassar o dualismo do espaço-tempo linear é o que andamos aqui a aprender e a essa aprendizagem chama-se «iniciação». Assim está inscrito na mensagem da Esfinge, que começou a vibrar no tal 26 de Agosto de 1983.
Ao tentar dar aos meus amigos a notícia do livro de Etienne Guillé, sinto-me um pouco como naqueles recuados anos 70, de temor e tremor, em que alguns poucos começaram a defender ideias ecológicas que toda a gente, por aqui, execrava. A mensagem de Guillé é muito mais exigente e ambiciosa que a mensagem ecológica, embora passe, inevitavelmente, por uma visão ecológica radical, tentando ampliá-la e ao mesmo tempo ligar-nos ao momento de eternidade. Não exclui nenhuma forma de ambiente, incluindo o cósmico-divino...
Como alguns ecologistas mais atentos têm intuído, a crise é planetária mas é, principalmente, uma crise de valores, uma crise do espírito (sem medo à palavra), uma crise de cultura. Mais do que um modelo de desenvolvimento que está em causa (embora também) é um paradigma, tese de Fritjof Capra e Edgar Morin, por exemplo.
Mas a holística daqui decorrente, é ainda etapa na exigente cosmovisão de Etienne. A grande síntese, a síntese das sínteses - eis o que o livro de Etienne, «L'Homme Entre Ciel et Terre», põe nas nossas mãos trémulas, assustadas e ainda incrédulas. Como é possível, na terra e vindo de um cérebro humano, ter a possibilidade de ler o que o Criador tem para dizer ao Ser Humano, um filho de Deus que se ignora.
Neste sentido, relativiza a morte planetária e a morte humana, já que nos liga (religa) a existência, sem crenças, à fonte eterna, à consciência através da essência.
Como se calcula, Etienne desafiou os dogmas da ciência e da religião. E proclamou a necessidade urgente de uma «ciência alargada». Na biologia molecular, descobriu a hereditariedade vibratória (ou divina) quando só a hereditariedade genética era conhecida e aceite. Os dogmas da religião, também ele os afronta, pois recusa crenças: não se trata de crer em deus, mas de, objectivamente, dialogar com o divino, o que nos é contado, por exemplo, com o mito da demanda do Graal.
Tenho tentado passar a notícia de Guillé a pessoas entendidas em matéria de ciências ocultas, mas esse é o tipo de pessoas mais fechados a esta mensagem, As pessoas que sabem muito de matérias esotéricas, opõem essa barreira a uma necessária e básica «inocência» ou «virgindade» de espírito necessária para aceitar a complexidade proposta por Guillé.
O livro que agora saiu, «L'Homme entre Ciel et Terre», deriva de um acordo com o editor Jean Louis Accarias, em que Etienne se comprometeu a usar o menos possível a hermética linguagem vibratória: por isso nos remete constantemente para um segundo tomo, falando neste primeiro uma linguagem que aparentemente todos entendemos. Pelo menos, a miríade de fios e fontes aparecem interligados, o que permite fazer deste último livro a melhor introdução à obra perfeitamente genial de Etienne.
Com o meu usual exagero, que alguns amigos bem conhecem, costumo dizer que «L'Homme entre Ciel et Terre» são as 505 páginas mais importantes desde Gutemberg. Ou mesmo desde Adão e Eva... Ou mesmo desde o Dilúvio. Diria mesmo, o livro mais importante desde o Big-Bang. É preciso exagerar para dar um pouco da medida exacta e do impacto que ele exerce sobre algumas pessoas. E, estou convencido, sobre alguns (poucos) dos meus amigos a quem me sinto no dever de transmitir a mensagem que é, no bom sentido, a Boa Nova. Especialmente num momento em que a Boa Nova nos é transmitida por todos os canais e seitas, gurus e mestres.
Quando eu pensava que tenho penado toda a vida por ter intuições demasiado precoces e ter sonhado, antes de tempo, e mais vezes do que devia, o que o tempo vem confirmar, eis que a gnose vibratória vem afinal dizer-me que preciso de desenvolver o meu cérebro direito e as minhas capacidades intuitivas... Mais um golpe no meu pretensioso ego mental.. Afinal, sou dos que oferecem mais barreiras à intuição e à imaginação e há que assumir, com alguma humildade, este «handicap». Mais um.
Lisboa, 10/7/1994
***

Sunday, July 09, 2006

ORTOMOLECULAR 2000

1-5 - 00-07-09-om= a lógica ortomolecular - luisa-0  = luisa-1+luisa-2+luisa-1 - luisa-1 = luísa valdeira, professora de biologia celular na esbs

 ÉTIENNE GUILLÉ E A LÓGICA ORTOMOLECULAR
 UMA LIÇÃO DE MORAL:
CADA UM TEM O QUE MERECE

Lisboa, 19/7/2000 - Tentando resumir a nossa desconversa de terça-feira, 18 de Julho, vou apontar algumas pistas que podem conduzir ao centro da questão: a célula rebelde (CR).
O sentido das prioridades (ou a falta dele) é uma das pistas. Mal se fala de um tópico (item ou tema) essencial, logo se diverge do essencial e logo um rosário de acessórios vem ocupar o tempo e o espaço ( a energia, portanto) que devia ser ocupada pelo essencial, caso quiséssemos disciplinar a célula rebelde (CR) e, portanto, fazer economia energética.
Desperdício de energia (entropia) é o que a CR quer e nós ajudamos. O que ela não quer é o retorno à simplicidade (neguentropia) e daí a dificuldade.
O retorno à simplicidade é uma boa ocasião para o moralismo psicosomático falar de humildade e do papel da arrogância no crescimento da CR. Jorge Oshawa, introdutor da macrobiótica no Ocidente, dizia que a arrogância é mãe de todos as doenças em geral e do cancro em particular.
Cada um que se psicanalise a ver quantos litros ou quilos de arrogância debita todos os dias. Para a célula, o afogamento da arrogância é como retirar o oxigénio a um ser aeróbio. (Alguém disse: «Gratidão, oxigénio da Alma»). Anaerobizar a célula é o que faz a arrogância e outras ânsias decorrentes.
Varrer a casa, limpar o pó, lavar a loiça é um exercício que o bom e típico intelectual detesta, embora seja o melhor antídoto da arrogância e suas sequelas. É uma higiene da alma. Apanhar pó não é higiénico mas é psicosomaticamente inócuo. Enquanto a arrogância (falta de humildade) corrói mais do que a Coca-Cola e mata que se farta.
Surge então, com a arrogância e sequelas, ao nível psicosomático (como quer o discurso médico ordinário) a neurose de acumulação, conforme foi cunhada por mim. Pelo quantitativo (bites em barda, como a invasão dos bárbaros da internet mostra) o subconsciente (em linguagem psicologística) tenta colmatar a falta de qualidade.
É assim, de um modo geral, em toda a nossa vida. Complicando e acumulando, temos o quantitativo em vez do qualitativo a comandar e a gerir a nossa bioenergia.
O qualitativo, neste caso, é sinónimo de inteligência da célula. Acumulando e complicando (e intoxicando de medicamentos, já agora) afogamos a inteligência da célula, que fica incapaz de gerir o trabalho, de intercomunicar. O ego intelectual, cheio que nem um ovo, rejubila de internet, universidades e bibliotecas. Tem apegos que cheguem para esse júbilo. Apego forma-se com a raiz ego. Egos (principalmente o ego intelectual, no caso vertente) e apegos são sobremesa para a CR. Regala-se. Lambe-se e pede mais.
Outra forma de (neurose de) acumulação aparece com os chamados afazeres e desaires (a que se seguem queixas e recriminações e revoltas e etc). Uma agenda sobrecarregada de uns e outros é o que a CR quer. Então a medicina ordinária, sem perceber nada do assunto como sempre, fala de stress. Pois é, o stress, uma palavra mágica para não dizer nada. A medicina, aliás, diz sempre nada. Stress e, depois, que o doente está stressado.
 Sistema endócrino não é um pormenor mais dos muitos milhares de pormenores com que a biologia enche os seus tratados. O sistema endócrino é um eixo de interfaces e os interfaces deviam ser, só por si, o estudo central da biologia celular que estivesse verdadeiramente interessada na célula viva e não na célula morta que se estuda nos laboratórios.
Acontece o contrário: o que está naturalmente unido é dividido (e a isso chama a ciência avançar no conhecimento científico). A divisão celular é uma metáfora da divisão dos conhecimentos operada pela  ciência analítica e de laboratório.
Aqui - o item das pontes e dos interfaces - é um dos pontos que me dizem que nunca escreveremos um livro juntos: na melhor das hipóteses, cada um escreve o seu. E ficamos todos contentes.
Mas o sistema endócrino não é o único interface a ter em conta como fundamental a quem pesquisa os fundamentos da vida e os seus mecanismos de autocontrole: a actividade eléctrica da célula é outro interface e só por si deverá constituir o capítulo básico da biologia molecular como ciência da bioinformação. A biologia tal como está, é a ciência da bio-desinformação e, melhor ainda, da bio-contrainformação. O que agrada sobremaneira à CR, que nasceu exactamente de um acidente de contra-informação (vulgo, poluição em geral, poluição química em particular e poluição medicamentosa ainda mais em particular).
Outro interface-chave, já agora, é a homeostase.
Se eu digo que o vírus é uma invenção laboratorial, cai-me a polícia toda em cima. Indagar se o vírus é causa ou efeito, considera-se uma heresia. O dogma  da chamada ciência (a igreja mais cruel que já houve sobre a Terra, apesar da batinha branca), não admite que alguém raciocine. E o que a CR quer é mesmo o imobilismo, o dogma, o autoencerramento, a religião, o túmulo, a cruz (para romper isso tudo, Etienne aconselha o trabalho com o pêndulo).
Fala-se então em acreditar ou não acreditar. Quando se têm certezas (poucas mas boas) não é preciso acreditar ou não acreditar. Acreditar é de néscios. Ter certezas (poucas mas boas) é de sábios. O que torna as religiões (incluindo a religião da igreja científica) totalmente obsoletas.

Pedindo ajuda ao padre Antunes de Sousa , talvez ele arranje uma epistemologia que faça mesmo a crítica e a filosofia da ciência moderna, que nos encurralou neste espectáculo de horror, terror e pavor que é actualmente o Planeta, com muitos especialistas na 1ª fila ora a patear ora a aplaudir conforme os números que estão em causa.
Chorai, chorai, pilatos de agora que são os carrascos de ontem. O padre Antunes vai ao funeral e carpirá lágrimas sentidas sobre o túmulo em que todos - mas principalmente os cientistas, os senhores da engenharia genética e suas pias obras - nos meteram.
Como a epistemologia  não desata este nó, é evidente que alguém teria de aparecer para o desatar. Etienne veio desatar o nó górdio. Mas vamos inventar todos os pretextos para adiar a pista que ele aponta . Que mais não seja, uma viagem às Caraíbas, um congresso no Sri Lanka ou qualquer outra forma de turismo e auto-ausentação que a CR adora.
Mete raiva mas não há nada a fazer. Cada um tem as doenças e as ciências que merece.
PS: Junto a seguir cópias de cartas minhas para si, datadas do ano passado... Ainda vou a tempo de as relembrar.
+
luisa-1

Lisboa, 29/Maio/1999

Luísa: Sobre o meu empenho no método de Etienne Guillé, acho que me devo explicar melhor para que saiba das minhas verdadeiras razões.
1- Antes de mais nada, é uma dívida de gratidão: tento retribuir, com algumas iniciativas, o que recebi, embora o que recebi, do Etienne e da Patrice Kerviel, seja sempre muito mais do que aquilo que eu possa dar.
2 - Depois, é uma questão de «cansaço de vida». Já dei a volta ao quarteirão e não encontrei nada que justificasse andar por aqui muitos mais anos.
Por isso, transmitir quanto antes, a quem fique, a mensagem e o legado que me coube em sorte conhecer - é meu 1º e último objectivo, a minha primeira e última prioridade.
3 - Acontece que esse legado, além dos 4 livros de Etienne Guillé e das centenas de files que sobre Guillé e à volta de Guillé, teclei em computador, esse legado é constituído por alguma da (breve) bibliografia que irradia, como apoio e desenvolvimento, da «grande obra» de Guillé.
São dois milhares de livros (e outros tantos milhares de fotocópias) que eu faço questão de preservar, e que constituem a minha escolha, a escolha que me foi humanamente possível realizar, conjunto coerente de informação que eu tentei polarizar num projecto que apelidei «Biblioteca de Alexandria 2000», ou seja, uma tentativa de reconstituir, em termos de ciência profana, alguns dos itinerários possíveis das 12 ciências sagradas.
4 - Qualquer actividade «seminarística» (workshops, à americana) em que eu me meta, portanto, tem apenas o objectivo de dar mais alguns passos nesta via que lhe indico.
Não pretendo ganhar dinheiro com a gnose vibratória e até sou capaz de dar algum para que se dêem alguns passos nesta «passagem do testemunho» que unicamente pretendo.
Por exemplo: se não houver quem ceda instalações, conheço óptimas instalações na Rua Braancamp que até alugo para que a Luísa lá possa ministrar um ciclo de encontros sobre ADN e Terapias Vibratórias, com carácter mais regular.
5 - Gostaria, para já, de lhe passar o legado a si mas acho que seria mais interessante tentarmos o que eu tentei mas não consegui: constituir um núcleo de fiéis de Etienne e do seu método, de adeptos no sentido alquímico, núcleo que pudesse assegurar a continudade, aqui em Portugal, da sua mensagem.
Cheguei a «inventar» o Grupo de Estudos Herméticos, aqui em Paço de Arcos, grupo que obviamente era constituído por mim e pelos meus 7 adorados gatinhos.
6 - Mas núcleo que, tarde ou cedo, se constituísse em «instituição de utilidade pública» para fugir um bocado à efemeridade das vidas pessoais e individuais. E que preservasse a herança, herança que é materializada, como digo, pelo conjunto bibliográfico e material de ensino e prática, que individual e pessoalmente estou cansado de trazer sempre às costas.
Ou seja: preocupa-me unicamente encontrar um local de confiança - uma sala e estantes - onde possa depositar, com alguma segurança, o que há 6 anos ando seleccionando à luz da hipótese vibratória.
É que apesar das centenas de livros que foram para a ECNH, o núcleo duro da gnose vibratória continua a resistir, até que eu possa legá-lo a alguém (ou a algum grupo) de absoluta confiança: ou seja, alguém, ou algum grupo, para quem Etienne e a Gnose Vibratória seja o tesouro que foi para mim, aquilo a que chamo o minha sorte grande, o meu jackpocket.
Afonso
+
luisa-2

26/Junho/1999

Tudo o que indico, vai num único e supremo objectivo: criar as condições vibratórias para que, o mais brevemente possível, faça uma viagem a Paris para consultar a Patricia.

Luísa:
Já sei que não leva muito a sério as minhas opiniões sobre saúde e que acabará sempre por confiar muito mais na ciência médica do que na experiência vivida (sofrida) de um leigo.
Em todo o caso, sinto-me na obrigação de lhe dar conta da leitura que faço da sua situação. E passo imediatamente aos pontos que julgo prioritários para si:
a) Uma intervenção de fundo, em vez dos expedientes casuísticos e sintomáticos a que tem recorrido;
b) Uma atenção ao terreno orgânico, em desfavor dos aspectos circunstanciais, de tempo e de lugar, que tenham ocorrido: como julgo ser o caso daquele acidente que sofreu e ao qual a medicina parece remeter sempre os problemas que surgem;
c) Interpretar esta última ocorrência como um aviso severo de que tem de fazer uma opção radical e fundamental no seu estilo de vida, incluindo o tempo que dedica a si e o tempo que dedica a outras coisas (nestas outras coisas incluo a carreira e profissão);
d) A questão do top a que pretende chegar, deixou-me, como reparou, muito perturbado: é que o top nunca tem fim e, regra geral, só termina no fim... Deixo ao cuidado da sua inteligência, interpretar esta alegoria;
e) Sendo este aviso um convite para a viragem, deverá nessa viragem incluir uma opção de fundo em relação à corrida para o top: ou seja, é o momento da verdade, em que deverá realizar a sua contabilidade pessoal e saber o que perde, energetica e vibratoriamente, ao ganhar determinadas coisas materiais;
f) O sistema é diabólico nas tentações que consegue colocar à frente das pessoas: e a meta de chegar ao top, é com certeza a cilada mais frequente e mais capaz de nos levar ao inferno, convencendo-nos de que estamos a caminho do paraíso;
g) A intervenção de fundo que refiro na alínea a) tem a ver com duas sub alíneas fundamentais:
1 - Viragem na alquimia alimentar (de modo a que a alquimia dos 600 biliões de células se faça harmonica, ritmica e ortomolecularmente)
2) Viragem na utilização do tempo: ou seja, dedicar muito tempo a «não fazer nada», que o mesmo é dizer, deixar ortomolecularmente, que os 600 biliões de células façam o trabalho que têm que fazer, em sossego e conforme a sua (delas) infinita inteligência, que eu comparo à infinita bondade e misericórdia de Deus...
O «não fazer nada» pode traduzir-se por:
uma esplêndidas férias só a ler, descontraidamente, o Etienne;
um esplêndido ano sabático desses que os universitários (ouço dizer que) podem fazer, exactamente para a reflexão ou meditação sobre o essencial
uma esplêndida licença com vencimento, ao abrigo do problema de saúde que agora lhe surgiu.
Neste «não fazer nada» incluo coisas como o seu previsto «workshop», a remodelação das suas aulas de Biologia celular, etc.
Ou seja: é o momento, penso eu, de começar a gerir a favor de si mesmo tudo o que acumulou de ciência: acho que seguir o Étienne e o pêndulo, é a melhor forma de o fazer. A alquimia celular é o melhor antídoto contra as neuroses de acumulação. Destila. Purifica. Decanta. Não é mais um autor, não é mais um cientista, não é mais um livro: é o encontro de cada um consigo mesmo e com o essencial de si mesmo.
O trabalho com os metais, como sabe, é fundamental para uma alquimia correcta e uma alquimia correcta dos 600 biliões de células é fundamental como imunidade às agressões do meio exógeno e endógeno.
Entre as agressões do meio endógeno incluo os métodos cruentos da medicina oficial.
E falta a alínea final, por onde eu queria ter começado este sermão. Tudo o que indico, vai num único e supremo objectivo: criar as condições vibratórias para que, o mais brevemente possível, faça uma viagem a Paris para consultar a Patricia.
Aí é que me parece a mais difícil, radical e decisiva das suas opções: ou EUA para continuar a carreira para o top; ou uma viagem a Paris para tratar da sua saúde e ultrapassar ortomolecularmente a actual situação.
Acumular as duas opções, impossível.
Será aí, penso eu, onde deverá investir o melhor das suas energias e também tempo, empenho, dinheiro, etc.
Tenho tentado evidenciar a importância da lógica ortomolecular nos problemas de saúde mais difíceis, mas sinto que não consigo fazer passar a mensagem. Não foi só consigo, foi com todos os intelectuais a quem tenho tentado passar a mensagem Étienne: continuo à procura do interlocutor válido...
A. C.
***