.comment-link {margin-left:.6em;}

MY WAY-2012-III

SUMÁRIO: *** COSMIC MEMORY *** GNOSE VIBRATÓRIA - EM DEMANDA DO GRAAL - O LABIRINTO DA ETERNIDADE - NA SENDA DO MARAVILHOSO - ENERGIAS E SINERGIAS

Saturday, February 18, 2006

NOOLOGIA 97

1-2 - 97-02-19-ac-js- ac a joão de sousa - 8.320 bytes - CJS-1

Lisboa, 19/2/1997 - João de Sousa: Penso que te deparas, neste momento, com uma dificuldade: até Julho, o curso tem 10 sábados, 5 dos quais são do Salomé (julgo). Restam, portanto, 5 sábados, ou seja 30 horas, das quais me podem caber, na melhor das hipóteses, 1/3, ou seja, 10 horas.
Meter em 10 horas dois programas de matérias, parece, de facto, impossível e por isso dizes constantemente que temos de andar depressa. Se me permites, o problema não se resolve a «andar depressa» mas exige resolver a quadratura do círculo, que é meter em 10 horas matéria que dá para 100.
Como o tempo não é elástico e factos são factos, a minha sugestão é que essas 10 horas, até Julho, sejam ocupadas :
a) Ou em aprofundar minimamente Nutrição
b) Ou em aprofundar minimamente Energética.
Se me perguntares qual é que eu preferia, digo:
a) Na minha perspectiva pessoal, preferia a Noologia, na qual me tenho empenhado as 48 horas do dia nos últimos 5 anos;
b) Na perspectiva do curso e dos alunos, acho que seria mais útil, para eles, a Nutrição e deixar a Bioenergética para o segundo ano, ou para o terceiro.
Isto, repara, embora seja a energética que pessoalmente me interessa mais e na qual me apliquei mais horas a preparar as aulas desde que me convidaste para fazer o curso.
Mas acho preferível assim, até porque, como se tem visto, a Noologia te coloca ainda bastantes dúvidas e críticas. Iríamos ter tempo, adiando para o próximo ano, para esclarecer essas dúvidas e críticas.
Desistir da cadeira de Bioenergética, aliás, até nem me parece má solução: e contra mim falo. Embora digas que sou um fanático da radiestesia, prefiro não tocar no assunto energias, assim, em permanente instabilidade.
Terias tempo de ler o livro que tenho já escrito sobre os Fundamentos Filosóficos da Bioenergia e saber se de facto a Filosofia interessa para este Curso ou não. Neste momento, duvido cada vez mais que a filosofia interesse. Mas até Outubro talvez houvesse tempo para decidir sim ou não.
Nem para o curso, nem para ti, nem para mim, interessa é continuar com dúvidas constantes sobre a matéria, a preparar e a despreparar lições.
Mesmo o seminário de Radiestesia, podia ou não realizar-se. Eu preciso é de saber a tua programação, para poder saber o que vou fazer, por minha conta e risco. Como sabes, estou nessa expectativa desde Julho.
Peço que me digas claramente quantas horas pretendes de mim e qual das 2 matérias, para eu poder planear a minha vida e ocupação dos tempos livres - tornando-os um pouco mais rentáveis, porque o subsídio de desemprego, meu actual ganha pão, é insuficientemente pouco para me equilibrar o orçamento mensal. Não me queixo, gosto pouco de lamúrias. Mas a verdade é que não posso desperdiçar o tempo que tenho (e o dinheiro que não tenho), tenho que o investir em algo de produtivo que me equilibre o desequilibrado orçamento.
Este é o ponto prioritário desta carta.
Deixo-te, já agora, os outros pontos que já tinha teclado mas que, à face deste, até perderam pertinência:

- Se não há ainda normas do Curso (o que se pode e o que não se pode fazer, o que se pode e o que não se pode dizer), como se pode dizer que eu «pisei o risco»?
E como posso eu saber se pisei o risco, se ignoro quais são as normas e as desconfianças?

- Como ficamos de bibliografia? Forneço ou não forneço sobre grandes temas? Indico ou não indico bibliografia?

- A questão da Radiestesia: estou à vontade, porque já provei, em alguns pontos, que reconheço as tuas críticas e por isso reconsiderei. O caso do «plano de matérias», por exemplo. Mas na Radiestesia, aquilo a que tu chamas radiestesia, quero dizer que não é bem assim. Quando mostro diagramas fundamentais para o estudo das energias estou apenas a dar noções de uma das fontes a que, em prefácio, declarei ir recorrer: a Gnose Vibratória de Etienne Guillé. O cuidado que eu tenho que ter em relação à Gnose Vibratória é não me apropriar demasiado de uma escola que, embora não tenha direitos registados, mas também eu não me sinto com o direito de usurpar.

- Esporadicamente, deveria falar de coisas que se relacionam com a Radiestesia, acho que isso não iria prejudicar o curso, antes pelo contrário, aguçaria (creio eu) o apetite para as pessoas quererem frequentar, no segundo ano, a cadeira de diagnóstico. Mas se isso tiver que servir de constante pomo de discórdia, então prefiro que se ponha uma pedra no assunto, não se fala mais disso e pronto: amigos como dantes.
De um modo geral e em relação à Gnose Vibratória, a questão é a mesma: se há-de originar constantes atritos, prefiro que se ponha em stand by até virem melhores dias e dias mais favoráveis. A pressa era apenas neste sentido: alguém, dos habituais oportunistas, há-de surgir com a Bioenergia e, nessa altura, nós que podíamos ter sido os primeiros, passamos a terceiros ou quartos ou últimos. A história repete-se.

- Na questão dos direitos a esta ou àquela palavra - Iridologia, Holística, Gnose Vibratória, etc. - acho que também não podemos ser tão rígidos. Eu, pelo menos, não me sinto na função de policiar seja quem for e seja o que for. Toda a vida fui pioneiro a trazer novas palavras, conceitos, correntes e escolas, e toda a vida mas foram paulatinamente usurpando. O que é que se há-de fazer?

- Mas como és tão exigente em matéria de direitos de autor, tenho curiosidade em saber o que pensas da Noologia que eu estou, de bandeja, a oferecer ao País e que é uma démarche original e inédita. Um esforço de Adamastor de há 5 anos, precisamente. Achas que devia registar os direitos na Sociedade de Autores?

- Quando começamos os cadernos?

- Por um lado, há que dar, dar muita matéria: por outro lado, quando te adiantei uma ficha disseste que ainda não era a altura.

- No espírito de dar o máximo de matéria, ainda a Noologia e ainda o projecto dos cadernos de apoio: tenho, sobre Filosofia das Energias, centenas de páginas tecladas que posso agrupar em livros e que podem servir de base ao curso: ficha a ficha, nunca mais lá chegamos. O que será melhor para «agarrar» os alunos? Dar-lhe muito material adiantado ou dar-lho a conta-gotas?
Mais uma vez, este é um assunto de política interna - de estratégia do curso - que só tu podes definir. Se fosse eu a dirigir, sabia como iria proceder: submetia as questões em que tivesse dúvidas ou demasiadas certezas à votação dos alunos; mas penso que esse deboche «democrático» não o admites e portanto terás que decidir tu e assumir, depois, toda a responsabilidade da opção.

- Eu fiz os livros de Noologia, estão feitos: tu irás geri-los, ou não geri-los, no contexto do Curso de Bioterapia, conforme entenderes. Irás geri-los em função do interesse do curso - e dos teus interesses como gestor do curso. Criei, ex-nihilo uma nova ciência, a ciência da Nova Idade de Ouro - não tenho nenhum orgulho nisso mas também não tenho vergonha - e vou trabalhar neste projecto até ao fim dos meus dias. Não estou muito preocupado se me ouvem ou deixam de ouvir, se me roubam as ideias ou deixam de roubar. Se me chulam as ideias ou não me chulam as ideias. Toda a vida assim tem sido.
Posso deixar-te o meu currículo para que fiques a saber um pouco mais deste percurso. Mas também é o momento de agradecer que, sem saber do meu currículo, tivesses apostado em mim.
É o meu projecto, o meu sonho e só queria que não me distraíssem muito dele. Peço isso aos amigos, já que não posso pedi-lo aos inimigos.