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MY WAY-2012-III

SUMÁRIO: *** COSMIC MEMORY *** GNOSE VIBRATÓRIA - EM DEMANDA DO GRAAL - O LABIRINTO DA ETERNIDADE - NA SENDA DO MARAVILHOSO - ENERGIAS E SINERGIAS

Saturday, January 13, 2007

TERAPIAS 1993

1-3 - mf- 2> adn> diário de uma descoberta

SUGESTÕES PARA SEMINÁRIO

Manuel,

Cabo, 15/2/1993 - 1 - Como estava prometido, no seminário de JNK, aulas sobre Acupunctura e Homeopatia, e como ele praticamente não falou disso, suponho que terá havido uma certa frustração entre as pessoas, compensadas entretanto por tudo o que ele disse de Radiestesia em geral. Mas não sei se não seria interessante, no seminário intercalar, dar algumas informações concretas sobre como aplicar (ou não aplicar, e nesse caso porquê) a Homeopatia, a Oligo, a Acupunctura, à luz da RA. Serão essas terapias, do ponto de vista energético, inúteis, prejudiciais ou minimamente complementares? - perguntam-se as pessoas, face às críticas genéricas ouvidas no seminário de Jean Noel. Continua a ficar de fóra e à espera, a alquimia ou ecologia alimentar, nomeadamente o que pode a macrobiótica fazer numa reequilibragem energética do suporte físico-molecular. Ao fim e ao cabo, à luz da RA - suponho eu - do que se trata, sempre, de criticar (e com razão) é o facto de introduzir ou manipular energias no organismo: seja de um comprimido de farmácia, seja de uma dinamização homeopática, seja de um suplemento alimentar, seja de uma agulha de acupunctura, seja de uma massagem, seja de um passe de magnetismo.

2 - Como diz Jean Noel «não temos que ser gentis mas lógicos». É bom levar à letra esta esplêndida afirmação, que tu também fizeste, embora por outras palavras: «Devemos ser necessários, mais do que ser úteis: o necessário permanece, o útil passa».
Mas um ponto intermédio por amor às pessoas, acho que deve ser tomado: as pessoas, de facto, precisam de ser ajudadas a ajudar-se e a melhor maneira de as ajudar a ajudar-se não é, evidentemente, lisonjeá-las e adormecê-las mas stressá-las. Por exemplo: stressá-las com algumas contradições que lhe abram brechas no ego intelectual e nos outros egos. Mas há uma contradição que me parece não ser de levar longe demais: afirmar-se, como fez JNK em dois seminários e tu também já tens afirmado, que a RA não é uma terapêutica, isto cria uma perplexidade nas pessoas, que levam os seminários a ouvir falar de cancro, de medicinas alternativas, de medicinas energéticas, de acupunctura, de diagnóstico, de doenças, de formas de as tratar, de as curar, de as evitar. Como não é, então, a RA uma terapêutica? - perguntam-se, perplexas, as pessoas. Acho que temos de encontrar um meio termo para não dizermos e desdizermos ao mesmo tempo (o que é stressante e óptimo mas pode ser demais). A RA não é uma só uma terapêutica, nem principalmente, mas é também uma terapêutica; se não é uma terapêutica no sentido de operar sobre os outros mas sim «com os outros», no sentido de «manipular os outros», é, no entanto e no mínimo, uma autoterapêutica ou iniciação. Como, aliás, todas as disciplinas profilácticas, de prevenção ou higiene, de raiz hipocrática ou não, o são.
No mínimo, a RA não é uma terapêutica mas é uma profilaxia, não é uma forma de combater doenças mas uma forma de evitá-las e, portanto, de conservar a saúde.
A RA, então, e os seminários, portanto, não serviriam para «formar terapeutas» mas «professores de saúde», «higienistas» no sentido clássico e hipocrático. É o mínimo que se pode dar às pessoas para não lhes retirar todas as expectativas criadas em relação aos seminários e à RA em geral.

3 - Um outro aspecto deriva deste: o trabalho de diagnóstico. Todas as pessoas têm o dever mais do que o direito de aprender a conhecer-se e a conhecer os que têm a seu cargo. E as formas de diagnóstico mais simples devem ajudar no trabalho da RA, porque são formas de auto-conhecimento e não devem prejudicar em nada a démarche da RA que é também uma forma - ainda que transcendente e superior - de auto-conhecimento.
Na RA, o «método das cristalizações sensíveis é soberano», por exemplo, assim como o «efeito Kirlian» e deviam desenvolver-se no seio do grupo que frequentar as tuas «sala de estudo». Bem como o diagnóstico reflexológico: através das zonas reflexogénicas do corpo: a auriculoterapia poderá ser terapeuticamente desaconselhável à luz da RA, mas como diagnóstico penso que nada há a opor-lhe. O seminário intercalar devia dar informações muito precisas sobre estes métodos de diagnóstico a que a RA é particularmente favorável, mas também a outras a que em princípio não se opõe.

4 - Falando ainda da «Sala de Estudo» como retaguarda de apoio aos seminários, pergunto: porque não enquadrar o grupo de trabalho nesses dois grandes parâmetros de orientação:
- o da Profilaxia (alimentar e ecológica)
- o do Diagnóstico como forma de autoconhecimento (por meios performantes e práticos acessíveis a toda a gente)
Lembro que, ligado ao diagnóstico, existe uma disciplina interessantíssima, a Biotipologia, que pode, com a RA, fazer um par encantador, perfeitamente harmónico e com uma óptima função emergente...
E digo já porquê estes três parâmetros.
É que assim - com a Profilaxia, com o Diagnóstico holístico e com a Biotipologia - se fugiria ao anátema de se dizer - as más línguas dizerem - que o grupo procura formar clandestinamente terapeutas e...falsos médicos. Creio que é para evitar a tentação da charlatanice que JNK insistiu tanto em dizer que não se trata de formar terapeutas. E nesse caso é justo que ele insista. Mas a formação de auto-terapeutas, de pessoas que aprendam a conservar a sua saúde e a de seus mais próximos a cargo, essa parece-me que não pode nem deve estar descartada e ausente desta démarche de total libertação humana que é a RA. Que - é claro - visa muito mais do que a saúde física num mundo material, porque visa a eternidade e a luz. Mas em que a saúde, se for defendida a pulso por cada um, pode ser também um degrau de evolução em vez de um retrocesso. Se a pessoa estiver aprisionada na dor física, poderá progredir, poderá evoluir? O sintoma ou doença «provoca» a pessoa e é um convite à iniciação: mas o sofrimento físico, especialmente o que advém das sequelas de uma medicina paranoica, pode ser completamente destrutivo e negativamente stressante.

5 - Uma informação importante para dar às pessoas parece-me a seguinte: o que pode fazer a Radiestesia quando enfrenta um caso - e são quase todos - em que o doente se encontra na dependência de várias especialidades farmacêuticas. É frequente ouvir dizer aos terapeutas da Radiestesia que «o doente não vibra» porque está demasiado medicado; perante este impasse, que saída há? Porque não sugerir saídas seguras no seminário intercalar? Parece-me ser um dos casos em que o tratamento do suporte físico se justifica. E por meios naturais (metabólicos), em vez do recurso aos medicamentos ou a outro tipo de MANIPULAÇÂO ENERGÉTICA (como é o caso da Homeopatia, da Acupunctura, da Auriculoterapia, do Magnetismo, da Osteopatia, do Mediunismo, da Massagem, da Hipnologia ou Hipnotismo, etc., etc.). Contra estas manipulações nos adverte, e com toda a Razão, a Radiestesia, nomeadamente o JNK nos seus seminários. Mas a verdade também é que nada diz sobre aquela terapêutica natural - Alquimia alimentar - que é a única, entre as terapêuticas naturais energéticas, de carácter não manipulatório. E por uma razão simples: é a única de dentro para fora e que implica a comparticipação do próprio (im)paciente.
Esta me parece ser a parte «silenciosa» da Radiestesia, quer nos seus textos fundamentais, quer nos seminários. Pressupondo que se trata de uma lacuna, porque não aproveitar o seminário intercalar para a colmatar? No caso de Cancro, por exemplo, será ou não preferível recorrer à terapêutica do Germanium, em vez de deixar operar as devastadoras práticas que são a Quimioterapia, a Radioterapia e a Cirurgia? No caso de infecção ou inflamação, porque não recorrer aos Oligoelementos (Terapia metabólica), em vez de deixar que a medicina receite os devastadores antibióticos? No caso de um ataque reumático, porque não obviar com uma homeopatia, em vez de deixar que a pessoa se encha de cortisona? No caso de perturbações emocionais, porque não arriscar os remédios florais do Dr. Bach, em vez de deixar que o doente se intoxique de tranquilizantes? No caso de uma disfunção hepática, porque não receitar a maravilhosa Alcachofra-Boldo, em vez de deixar a medicina abafar com medicamentos um problema de ordem estritamente alimentar?
O que me parece é o seguinte: Ao rejeitar as terapêuticas energéticas manipulatórias, a Radiestesia tem 100% de razão: mas arriscamo-nos a deitar a água do banho fóra com o bebé lá dentro, ou seja, com a única terapêutica energética não manipulatória que é a Alquimia Alimentar, também chamada Metabolic Medecine, Medicina Orto-Molecular, Macrobiótica, nomes diferentes que vão ao fim e ao cabo significar o mesmo.

6 - Neste aspecto, um «gabinete de orientação alimentar» parece-me ser um dos melhores apoios ao projecto didáctico dos teus seminários intercalares e da tua «sala de estudo» que também projectas concretizar. Estou evidentemente a puxar a brasa à minha sardinha macrobiótica, uma das poucas minhas manias que não foram completamente pulverizadas e reduzidas a nada pelo encontro mágico com a Radiestesia. Restam, como náufragos sobreviventes, uns fragmentos do (meu) passado de manias alimentares - das quais saliento de facto a Germanoterapia, que até é totalmente desconhecida da Macrobiótica...
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