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MY WAY-2012-III

SUMÁRIO: *** COSMIC MEMORY *** GNOSE VIBRATÓRIA - EM DEMANDA DO GRAAL - O LABIRINTO DA ETERNIDADE - NA SENDA DO MARAVILHOSO - ENERGIAS E SINERGIAS

Friday, January 12, 2007

FOGO 1993

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CONTRIBUTO AO DIAGNÓSTICO POR OBSERVAÇÃO(*)

[Diagramas 32,33 e 34 ]

4/2/1993

1 - «Arretez le Feu» - é, segundo Jean Noel Kerviel, o que o terapeuta magnetizador pode, apesar de tudo, conseguir fazer de melhor na sua acção terapêutica sobre o suporte material de um doente com problemas de desequilíbrio energético de fundo. Nenhum dos nossos guias, nem Etienne Guillé, explicou até agora o que se entende por Fogo na Radiestesia Alquímica mas, segundo a intuição, poderíamos concluir, por observação prática, alguns dos vários sintomas ou sinais externos reveladores do elemento Fogo, manifestado nos seres humanos e na sociedade.

2 - O excesso de Arrogância, por exemplo, que se desenvolverá, conforme o temperamento e a natureza do indivíduo, em manifestações de egotismo exacerbado, em queixas constantes sobre os azares da vida, em receios sobre o futuro, em arreigamentos aos problemas de substância material, é um dos sinais mais frequentes a nível psíquico. A forma como alguém pisa o chão, o ímpeto como o faz, é curiosamente revelador, assim como a dose de violência, ímpeto, nervosismo, brusquidão que põe nas coisas quotidianas: até na forma como (se) bate com uma porta...
A inveja e o ciúme, no campo dos sentimentos, podem ser sintomas que surgem associados ao excesso de Fogo, assim como uma tendência irremediável para a má língua, ou simplesmente para uma linguagem escatológica, dita de caserna. O elemento Fogo é sempre o melhor do Mundo, o único, o primeiro. A esquizofrenia mediática, aliada à esquizofrenia publicitária, alimenta todos esses egos de Fogo. Que, aliás, mesmo como elemento material, se tornou um dos símbolos determinantes desta época de Fogo e destruição.
O excesso de Fogo, sendo um excesso de Matéria, revela-se logicamente em todos os excessos praticados, seja na quantidade de comida (que, por sua vez, irá potenciar ainda mais o Fogo), de bebida ( que poderá, na ressaca da violência, originar depressões infindáveis com violência do paciente sobre si próprio), de actividade sexual (com depressões também na ressaca...).
Também um excesso de actividade verbal é sinal de Fogo, como se disse. O «falar por falar» (tagarelice), o falar constante em «eu», o não deixar ouvir o interlocutor, são sinais marcantes do Fogo. No aspecto emocional, o Fogo relaciona-se muito com a manifestação verbal do doente: ele é excessivo nas palavras, regra geral falando por falar, e sem, praticamente, ouvir o interlocutor, não o deixando sequer completar as frases e o pensamento. Mesmo que essas frases digam respeito ao próprio paciente. O elemento Fogo dificilmente ouve (e muito menos acata) conselhos sobre a sua saúde, sobre o seu comportamento, sobre a sua personalidade e maneira de ser. É, portanto, um doente difícil para uma terapêutica que, como a radiestesia alquímica, postula a passagem de informação como a démarche fundamental no processo da cura.
Irritabilidade e constante enunciação de juízos judicativos sobre os outros, são, a nível psíquico, outros dois sinais reveladores. Um paciente Fogo não perdoa a ninguém uma falta, muitas vezes mesmo não perdoa sequer que os outros existam. Constantemente ajuíza e, regra geral, condena e executa os outros. Ele é o único seguro, certo, verdadeiro.

3 - O excesso de Fogo pode revelar-se, a nível de fisiologia, por uma tensão arterial elevada. Mas também por constrições neste ou naquele órgão. Penso que o Fígado é, por tabela, uma das vísceras que mais têm a ver com o desequilíbrio do Fogo, embora, tradicionalmente, no sistema taoísta dos cinco elementos, o Fogo apareça ligado ao Coração. Mas o Coração seria, nesta perspectiva, a manifestação não patológica do Fogo, que ao revelar-se patologicamente teria mais a ver com o Fígado, elemento antagonista do Coração.

4 - Na sociedade e no indivíduo, o «excesso de Fogo» poderá dizer-se que é a Grande Doença Terminal deste fim de Era dos Peixes, revelando-se, de um modo geral, pelo que se designa de Violência. Se, na nomenclatura taoísta, o Fogo é Yang, surge um problema de método que talvez seja interessante deslindar: porque terá Oshawa, introdutor do yin-yang taoísta no Ocidente, diagnosticado o excesso de Yin e não o excesso de Yang como «mal da época»? A tal ponto isso foi, que, nos primeiros anos de Macrobiótica, os seus divulgadores chegaram a considerar o Yang como o supremo princípio do Bem e o Yin como supremo princípio do Mal.
Afinal, para o nosso tempo de Violência e excesso de Yang, - quem diz yang diz Sal - a haver alguma recomendação genérica seria antes: « Yinizai-vos uns aos outros, antes que uns aos outros vos devoreis».

5 - Como Jean Noel Kerviel sugere, o Poder e a concentração de Poder é um dos obstáculos a que a informação vibratória de nível mais elevado passe: por isso o excesso de Fogo é, na radiestesia terapêutica, o principal obstáculo à cura: ou seja, à passagem da informação capaz de curar. Regra geral, como se disse, o excesso de Fogo revela-se por um «autismo» do doente, incapaz de ouvir os outros, e outra coisa, e só capaz de se ouvir a si próprio. Revelando-se sob o aspecto de neurose, o «excesso de Fogo» mnifesta um doente afastado da realidade, vivendo e alimentando os seus próprios mitos, preconceitos, tabus, manias, obsessões. Se o terapeuta, em Radiestesia, não diminuir o seu Fogo, a arrogância do seu Fogo (chamando ou não Humildade a essa diminuição), dificilmente o poderá fazer nos seus doentes.
Neste aspecto, o Karma Yoga presta um contributo interessante, na medida em que os estragos praticados sobre o Ego (os vários egos), podem ajudar a pessoa a desbloquear e a abrir-se às informações vibratórias mais elevadas. O que Jean Noel Kerviel chama «stressar positivamente os suportes para os destruir e reestruturar segundo uma nova topologia do ADN»

6 - Ao falar de matéria condensada, que é preciso sublimar e rematerializar de novo, a Radiestesia terapêutica está, no fundo, a falar deste excesso de Fogo, deste excesso de Ego, deste excesso de Matéria densa, que é, de facto, o maior obstáculo à passagem da informação que vem do Espírito para animar, através da Alma, o suporte vibratório de cada ser humano.
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(*) Este texto foi elaborado sobre uma conferência de Jean Noel Kerviel (cassete de gravação nº 3)
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