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MY WAY-2012-III

SUMÁRIO: *** COSMIC MEMORY *** GNOSE VIBRATÓRIA - EM DEMANDA DO GRAAL - O LABIRINTO DA ETERNIDADE - NA SENDA DO MARAVILHOSO - ENERGIAS E SINERGIAS

Saturday, January 20, 2007

ALQUIMIA 1994

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GRANDES MOMENTOS DA RADIESTESIA ALQUÍMICA - VI

12-10-1994

Lisboa, 25/3/1993 - A forma como a R.A. encara a iniciação, não só a desmitifica e limpa de gangas ocultistas como a torna uma démarche possível, desde já, ao Aprendiz de boa vontade. Torna-a uma questão de método e de técnica: mas, principalmente, limpando-a de tintas esotéricas e ocultistas, no mau sentido destas palavras, define-a, face à ciência experimental, como uma operação de rotina, tal como viver. E meramente física. «Veremos - diz Etienne Guillé - que esta dupla corrente de troca (entre macro e microcosmos), que ilustra perfeitamente o domínio das forças opostas e complementares, equivale a transformar o MA condensado em Ma sublimado e rematerializado, o que só é possível por uma démarche iniciática que dê acesso à harmonia cósmica.» (EPH, 171)»
Quando sabemos que a iniciação não é mais nem menos do que o conhecimento do mundo invisível e de que o mundo invisível é um continuum quântico de que a matéria é apenas um efémero acidente manifestado, não só a responsabilidade de viver (de como viver e para que viver) aumenta, como aumenta, e drasticamente, a urgência de nos prepararmos para o que vem depois da morte: e que é bem mais demorado do que a vida... Viver esta vida com o materialmente necessário, sem dúvida, mas viver com o materialmente supérfluo que nos rouba tempo, energia e consciência ao conhecimento, ao trabalho de conhecer o essencial, talvez seja o que se chama viver em «pecado mortal». Se a R.A. não é a via mais rápida de «pôr a lição em dia», é, pelo menos, uma das mais rápidas.

Que a vida não termina, nem podia terminar, na e com a matéria inerte, é uma das evidências que decorrem do estudo rigorosamente científico empreendido por Etienne Guillé. Para o incurável ateu e céptico, a Radiestesia Alquímica representa um profundo choque, uma grande reviravolta no seu ego cultural: ter que acreditar no Espírito como realidade física autónoma e na Alma como medianeira entre o Espírito e o Corpo - quando, ao longo dos séculos, as palavras Alma e Espírito foram sendo esvaziadas de sentido e conteúdo - é uma violenta alteração na mentalidade profundamente arreigada no homem moderno, que se diz ateu mas que, verdadeiramente, não acredita muito nisso...As características que, como minuciosamente explica E.G., definem especificamente a vida - e a distinguem da matéria - a começar na Neguentropia (específica da ordem viva) e a acabar no potencial transmembranar da célula, que permite uma permanente troca entre o organismo vivo e o Macroambiente, o fenómeno impõe-se como uma realidade autónoma, que não desaparece quando o corpo morre mas que dele apenas se desliga para seguir o seu caminho. Este é, de facto, o grande «distinguo» que pode fazer da Radiestesia Alquímica um momento único e perturbador na vida de muitos ateus autoconvencidos ...mas pouco convictos do seu ateísmo.
A forma como E.G. descreve a Morte - como uma imensa interrogação - é, a este respeito, lapidar: «Será razoável - afirma ele - perguntar em que se tornaram as forças electromagnéticas ou outras que mantêm esta diferença de potencial transmembranar. Aprofundando o raciocínio podemos também perguntar-nos se esta perda de solução de continuidade entre o interior do ser e o seu embiente imediato se traduziu por uma diluição geral no mundo entrópico da matéria inerte ou se alguma outra coisa se poderá ter produzido. Terá sido o ser vivo totalmente destruído por um maremoto ao mesmo tempo material e vibratório ou, pelo contrário, os elementos carecterísticos do ser vivo, os que fazem a sua especificidade em relação à matéria inerte, são conservados em um outro estado?»
Esta questão, - sob a forma de uma imensa e grande interrogação - é reiterada por Etienne Guillé em outro passo do seu livro «L'Énergie des Pyramides et L'Homme» (pg. 172): «se matéria e informação não oferecem grandes dificuldades para ser descritas, já não acontece o mesmo para a energia que é utilizada em uma infinidade de significações possíveis. Assim, quais energias a matéria viva põe verdadeiramente em jogo? Estas energias utilizadas ou emitidas pela matéria são propriedades universais desta desigualmente distribuídas através do tempo e do espaço ou são elas, pelo menos em parte, independentes da matéria, susceptíveis de se separar tansitoriamente e mesmo definitivamente da matéria guardando a sua individualidade e a sua especificidade?»
Ter respondido negativamente a esta pergunta, ou não ter, de todo, respondido, nem querido responder, valeu à Humanidade uma das idades mais negras e sombrias da sua história, idade que, desculpabilizada embora pela Era dos Peixes, é capaz de se glorificar daquilo que foi o seu maior anátema: a Ignorância, no sentido absoluto do termo, que bem pode ser sinónimo de Ciência.
Lisboa, 25/3/1993
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