APEGOS 95

1993 caracteres - oqgr-1>oqgr = o que ganhei com a radiestesia

Diário de uma Descoberta

[15/8/1995 - 21/8/1995 ] À pergunta sobre o que é que a radiestesia me deu, respondo mais uma vez:
Uma forma mais objectiva de encarar as grandes e dramáticas e polémicas questões ideológicas é, certamente, a mudança mais decisiva que a Radiestesia operou.
E quem diz objectiva diz uma forma mais neutral, distanciada, indiferente
menos pessoalizada
menos fulanizada
menos apaixonada
menos empenhada
menos envolvida
De uma certa forma, há menos apegos e, portanto, menos egos, menos emocionalismo, menos sectarismo, menos partidarização relativamente aos dualismos. Como dizia o Dostoiewsky, o mundo pode desabar, enquanto eu tomo a minha chávena de chá.
Ainda não atingi essa perfeição, mas o trabalho de testar frequências é o caminho para lá chegar, se lá tiver que chegar.
*
A forma de sonhar também mudou com a Radiestesia. Apesar de não sonhar nada de extraordinário, mas tudo o que há de mais ordinário e vulgar no meu ordinário quotidano, reproduzindo-o sem fantasias nem transfigurações. Acho também que ando com o «astral» mais elevado. Apesar da mediocridade vibratrória que, me parece, continua a ser a minha, já não penso tanto na morte ou, pelo menos, de maneira tão depressiva e obsessiva como pensava antes. O que não quer dizer, aí, indiferença, antes pelo contrário.
*
De resto, nada de especial. Coisas que, essencialmente, não se medem pelo quantitativo mas que, de subtis, quase não se notam.
Por exemplo: ganhei uma certa «neutralidade» emocional em relação aos acontecimentos. E aprendi melhor como desemocionalizar o que dantes vinha carregado de dramatismo e passionalismo. Há, portanto, um menor envolvimento emocional com os outros e com os factos. Uma distância. Uma menor promiscuidade.
Resumindo e concluindo: o principal que a Radiestesia meu deu foi apenas: aprender a relativizar e, portanto, a hierarquizar as prioridades:
de estudo
de vida
de trabalho
de morte
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