MEMÓRIAS 99
99-01-02-bm>=bodymind-cfv-1>=carta a Francisco Vieira
MEMÓRIAS SÃO ENERGIAS
2/1/1999 - Desculpará esta intromissão de um leigo no reino da erudição esotérica mas é a minha forma artesanal e naif de entender a teosofia que me leva a fazê-lo.
As grandes bibliografias assustam-me e as grandes livrarias ainda mais: está lá muita informação mas a questão básica, para mim, analfabeto de todas as línguas, é como ter acesso às toneladas de informação. Como perdi a memória (feliz ou infelizmente ainda estou para saber) à custa de libriuns que tomei para a depressão, a radiestesia (que dispensa, até certo ponto, o pensamento e a memória) é para mim a única técnica de acesso às 12 ciências sagradas e por isso me empenho na sua divulgação, entre os que, como eu, são pouco dotados e frequentaram poucas universidades, os que, como eu, dispensam o pensamento e perderam a memória. Não servirá a minha radiestesia das 2 mãos aos que têm uma capacidade excepcional de reter e arquivar nomes, tudo o que lêem, o muito que lêem e o muito que ainda hão-de ler.
A radiestesia diz-me apenas como eu hei-de desler o que fui, através dos tempos, lendo por desfastio ou obrigação. A radiestesia serve aos que, como eu, são minguados de qualidades mnemónicas e retentivas. Sempre uma questão a que eles - os sábios - chamam de psicologia. Eu que não sou sábio digo que a questão é sempre de energia e não de psicologia.
A psicologia, à luz do método quântico proposto pela radiestesia holística, é apenas uma nomenclatura mais para tentar perceber o imperceptível. E no caos, na Babel das nomenclaturas - penso, embora goste mais de dispensar - uma vez que se entra lá, com dificuldade se consegue sair.
Por isso e respondendo à sua provocação, que foi provocação a vários níveis: uma associação portuguesa de radiestesia não é mais uma seita - porque a radiestesia que me proponho aprender em conjunto com quem humildemente o queira e não com os catedráticos do esoterismo português, é uma associação para difundir uma técnica que me parece a mais simples e a mais acessível (mais democrática) para ter acesso às 12 ciências sagradas.
A boa questão é que conduz à boa resposta, diz a Patrice que o Platão dizia. E há questões sem resposta, ou a que não vale a pena responder. O essencial é que é urgente, estamos rodeados (cercados) de supérfluo e de acessório, e a radiestesia holística, pelo menos, vai directa ao assunto, ao alvo, a mudança alquímica já, base de todas os outros patamares da sabedoria.
Patamares, curiosamente, é uma boa palavra adiantada pela Maria Otília, que tem, aliás, a palavra certa no momento certo. A Maria Otília parece-me ser uma pessoa que põe as tais boas questões susceptíveis de levar às boas respostas.
A linguagem vibratória de base molecular, criada e ensinada por Etienne Guilé, parece-me ser a linguagem universal capaz de ultrapassar a Babel das línguas e das nomenclaturas. Do que sei dessa linguagem, ela abre a hipótese de navegar na área quântica (aquém e além do espectro electromagnético das energias) área essa que está igualmente contaminada pela ciência oficial de uma nomenclatura verdadeiramente bárbara e que devia ser proibida pela polícia. Depois da psicologia, da psiquiatria, da psicanálise, da parapsicologia, falarem todas do mesmo - ou seja, do que não entendem - a física quântica e a biologia molecular criaram igualmente uma mata cerrada e impenetrável de linguagens particulares para falarem do mesmo - ou seja, do que não entendem.
Etienne, em 1551 páginas de 4 livros (ele tem o condão de ser sintético) escreve um tratado quântico e de acesso directo à área quântica das energias, ou seja ao macro e ao microcosmos, como queria e dizia o colega de trabalho Hermes Trismegisto.
É delicado falar disto a quem já sabe tudo dos livros, até porque não pretendo convencer ninguém de nada. Estou só, neste preciso momento, a defender-me de uma provocação, a dizer que radiestesia não é seita nem se preocupa com isso nem vai a nenhuma. Apenas quero ter o direito de ser um ser humano que aproveita esta oportunidade da vida incarnada para trabalhar no caminho da eternidade. E, já agora, com ou sem associação portuguesa de radiestesia, passar a mensagem a quem queira aproveitar-se dela.
Atrasos de vida no caminho da eternidade é o que eu chamo a todos os métodos actualmente no mercado e, por maioria de razão, às teorias e doutrinas, super-atrasos de vida ainda mais.
Gostaria de escrever ainda um manual ou prontuário em que seleccionasse textos das mais variadas origens teosóficas mas submetidos ao crivo da radiestesia - ou seja, textos que passaram o teste (a prova) do nível vibratório de consciência.
Já sei que é impossível fazer passar esta etapa dos níveis de consciência vibratória , ou dos níveis vibratórios de consciência entre pessoas de muita memória, de muita bibliografia, de muita leitura, de muita informação livresca.
Os mais relapsos ao diálogo são, exactamente, os que têm um «poder mental» mais forte. Quando um senhor Lauro Trevisan faz, no Hotel Sheraton, um comício sobre o pensamento positivo, é a expressão «poder mental» e não o Hotel Sheraton, nem o sr. Lauro o que me faz brotoeja.
A hipertrofia do cerebral, não só das ciências oficiais mas também dos que dizem trabalhar na área teosófica ou quântica, é que me assusta. O cérebro é, digamos, um órgão como outro qualquer. A sua hipertrofia energética pode tornar-se irreversível e tornar o bloqueio irreversível também.
Só em termos de energia infinita não há bloqueios. E da equação energia = informação = memória.
Acontece que é das memórias (energias) bloqueantes que temos de nos libertar, se queremos ter acesso ao grande continente da verdade.
Hipertrofiando uma fase de passagem, paralisa-se o movimento. A mudança alquímica. Aborta-se a oportunidade de evoluir.
E depois aqui d'el rei que o Ego mental é duro de roer, que o ego emocional é duro de roer, que o ego sentimental é duro de roer.
Felicito-me por um certo distanciamento desses egos - e faço o possível por não os cultivar em excesso. Uma certa mania auto-depreciativa, afinal, ajuda-me a não engordar a minha arrogância.
No entanto, curiosamente, a crítica principal que me faz a Patrice, minha professora de radiestesia, é a da predominância do mental, da minha hipertrofia mental.
Quando afinal eu faço um esforço tremendo é para corresponder às exigências mentais dos livros e do método de Etienne Guillé.
São algumas das contradições que me põem também um bocado chatiado com os radiestesistas da nossa praça.
Parece ser a minha sina sempre à procura e sempre só. Por isso vou tentando dialogar comigo mesmo, o que já não é nada mau.
***
MEMÓRIAS SÃO ENERGIAS
2/1/1999 - Desculpará esta intromissão de um leigo no reino da erudição esotérica mas é a minha forma artesanal e naif de entender a teosofia que me leva a fazê-lo.
As grandes bibliografias assustam-me e as grandes livrarias ainda mais: está lá muita informação mas a questão básica, para mim, analfabeto de todas as línguas, é como ter acesso às toneladas de informação. Como perdi a memória (feliz ou infelizmente ainda estou para saber) à custa de libriuns que tomei para a depressão, a radiestesia (que dispensa, até certo ponto, o pensamento e a memória) é para mim a única técnica de acesso às 12 ciências sagradas e por isso me empenho na sua divulgação, entre os que, como eu, são pouco dotados e frequentaram poucas universidades, os que, como eu, dispensam o pensamento e perderam a memória. Não servirá a minha radiestesia das 2 mãos aos que têm uma capacidade excepcional de reter e arquivar nomes, tudo o que lêem, o muito que lêem e o muito que ainda hão-de ler.
A radiestesia diz-me apenas como eu hei-de desler o que fui, através dos tempos, lendo por desfastio ou obrigação. A radiestesia serve aos que, como eu, são minguados de qualidades mnemónicas e retentivas. Sempre uma questão a que eles - os sábios - chamam de psicologia. Eu que não sou sábio digo que a questão é sempre de energia e não de psicologia.
A psicologia, à luz do método quântico proposto pela radiestesia holística, é apenas uma nomenclatura mais para tentar perceber o imperceptível. E no caos, na Babel das nomenclaturas - penso, embora goste mais de dispensar - uma vez que se entra lá, com dificuldade se consegue sair.
Por isso e respondendo à sua provocação, que foi provocação a vários níveis: uma associação portuguesa de radiestesia não é mais uma seita - porque a radiestesia que me proponho aprender em conjunto com quem humildemente o queira e não com os catedráticos do esoterismo português, é uma associação para difundir uma técnica que me parece a mais simples e a mais acessível (mais democrática) para ter acesso às 12 ciências sagradas.
A boa questão é que conduz à boa resposta, diz a Patrice que o Platão dizia. E há questões sem resposta, ou a que não vale a pena responder. O essencial é que é urgente, estamos rodeados (cercados) de supérfluo e de acessório, e a radiestesia holística, pelo menos, vai directa ao assunto, ao alvo, a mudança alquímica já, base de todas os outros patamares da sabedoria.
Patamares, curiosamente, é uma boa palavra adiantada pela Maria Otília, que tem, aliás, a palavra certa no momento certo. A Maria Otília parece-me ser uma pessoa que põe as tais boas questões susceptíveis de levar às boas respostas.
A linguagem vibratória de base molecular, criada e ensinada por Etienne Guilé, parece-me ser a linguagem universal capaz de ultrapassar a Babel das línguas e das nomenclaturas. Do que sei dessa linguagem, ela abre a hipótese de navegar na área quântica (aquém e além do espectro electromagnético das energias) área essa que está igualmente contaminada pela ciência oficial de uma nomenclatura verdadeiramente bárbara e que devia ser proibida pela polícia. Depois da psicologia, da psiquiatria, da psicanálise, da parapsicologia, falarem todas do mesmo - ou seja, do que não entendem - a física quântica e a biologia molecular criaram igualmente uma mata cerrada e impenetrável de linguagens particulares para falarem do mesmo - ou seja, do que não entendem.
Etienne, em 1551 páginas de 4 livros (ele tem o condão de ser sintético) escreve um tratado quântico e de acesso directo à área quântica das energias, ou seja ao macro e ao microcosmos, como queria e dizia o colega de trabalho Hermes Trismegisto.
É delicado falar disto a quem já sabe tudo dos livros, até porque não pretendo convencer ninguém de nada. Estou só, neste preciso momento, a defender-me de uma provocação, a dizer que radiestesia não é seita nem se preocupa com isso nem vai a nenhuma. Apenas quero ter o direito de ser um ser humano que aproveita esta oportunidade da vida incarnada para trabalhar no caminho da eternidade. E, já agora, com ou sem associação portuguesa de radiestesia, passar a mensagem a quem queira aproveitar-se dela.
Atrasos de vida no caminho da eternidade é o que eu chamo a todos os métodos actualmente no mercado e, por maioria de razão, às teorias e doutrinas, super-atrasos de vida ainda mais.
Gostaria de escrever ainda um manual ou prontuário em que seleccionasse textos das mais variadas origens teosóficas mas submetidos ao crivo da radiestesia - ou seja, textos que passaram o teste (a prova) do nível vibratório de consciência.
Já sei que é impossível fazer passar esta etapa dos níveis de consciência vibratória , ou dos níveis vibratórios de consciência entre pessoas de muita memória, de muita bibliografia, de muita leitura, de muita informação livresca.
Os mais relapsos ao diálogo são, exactamente, os que têm um «poder mental» mais forte. Quando um senhor Lauro Trevisan faz, no Hotel Sheraton, um comício sobre o pensamento positivo, é a expressão «poder mental» e não o Hotel Sheraton, nem o sr. Lauro o que me faz brotoeja.
A hipertrofia do cerebral, não só das ciências oficiais mas também dos que dizem trabalhar na área teosófica ou quântica, é que me assusta. O cérebro é, digamos, um órgão como outro qualquer. A sua hipertrofia energética pode tornar-se irreversível e tornar o bloqueio irreversível também.
Só em termos de energia infinita não há bloqueios. E da equação energia = informação = memória.
Acontece que é das memórias (energias) bloqueantes que temos de nos libertar, se queremos ter acesso ao grande continente da verdade.
Hipertrofiando uma fase de passagem, paralisa-se o movimento. A mudança alquímica. Aborta-se a oportunidade de evoluir.
E depois aqui d'el rei que o Ego mental é duro de roer, que o ego emocional é duro de roer, que o ego sentimental é duro de roer.
Felicito-me por um certo distanciamento desses egos - e faço o possível por não os cultivar em excesso. Uma certa mania auto-depreciativa, afinal, ajuda-me a não engordar a minha arrogância.
No entanto, curiosamente, a crítica principal que me faz a Patrice, minha professora de radiestesia, é a da predominância do mental, da minha hipertrofia mental.
Quando afinal eu faço um esforço tremendo é para corresponder às exigências mentais dos livros e do método de Etienne Guillé.
São algumas das contradições que me põem também um bocado chatiado com os radiestesistas da nossa praça.
Parece ser a minha sina sempre à procura e sempre só. Por isso vou tentando dialogar comigo mesmo, o que já não é nada mau.
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