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MY WAY-2012-III

SUMÁRIO: *** COSMIC MEMORY *** GNOSE VIBRATÓRIA - EM DEMANDA DO GRAAL - O LABIRINTO DA ETERNIDADE - NA SENDA DO MARAVILHOSO - ENERGIAS E SINERGIAS

Friday, December 02, 2005

O MITO EM 1994

94-12-04-iv>= interlocutor válido, procura-se -640 bytes-alv-1-cartas-adn [diário de um idiota] [diário de uma descoberta]

INTERLOCUTOR VÁLIDO,PROCURA-SE

4-12-1994 - «Querer abrir a Fortaleza de Deus - o Mito - à picareta, quando outros nem com Laser o conseguiram, olha que é obra!»
Racionalizar o irracionalizável, descorticar o pensamento mítico de qualquer época, já é proeza a que só alguns mais intemeratos, como GilbertDurand (1), Jung (2), Mircea Eliade (3), Roland Barthes, Roger Caillois (4), Joseph Campbell (5), J.A. Lavier (6), Erich Fromm, Claude Lévy-Strauss, se atreveram e bem apetrechados dentro do escafandro de várias ciências humanas, desde a Antropologia e Etnografia à Psicanálise. Ou dentro da metáfora, ou do paradoxo.
Mas descorticar o pensamento mítico dos antigos faraós a frio e sem anestesia, não é proeza, é temeridade e temeridade perigosa. Masoquista. E, ainda por cima, descorticar o pensamento mítico dos faraós, através de um seu divulgador que se chama Schwaller de Lubicz, bastante criticado por Étienne Guillé, aliás.
Nem Patricia Kerviel nem Étienne Guillé, que eu saiba, seguiram portanto esse caminho sem regresso da descorticação de um pensamento hermético, a desocultação de um pensamento oculto, a complicação do simples, a essência do particular, o absoluto do relativo, etc., até porque penetrar nesse centro é todo o trabalho, bastante chato, demorado e penoso, da iniciação. E a iniciação existe exactamente porque não é possível abrir a fortaleza de Deus à picareta, nem sequer com Laser.
E foi por isso que Etienne Guillé, rodeando a dificuldade, tentou a abordagem por outro lado com a ajuda dos «campos de morfogénese cósmica», ou seja, com a análise dos sistemas, com a Biologia Quântica, com a Termodinâmica dos Sistemas, criando, por isso, o sistema mais espantoso de abordagem do impossível (do mito) que já se criou sobre a terra e que deveríamos aqui humildemente estudar, sem descorticações abusivas que ainda por cima podem desencadear a fúria dos faraós. E eu, que não sou masoquista, nem quero pensar o que é um faraó em cólera.
Alias, nenhum filósofo, no seu perfeito juízo, o tentou. Nem o mito é descorticável, porque deixaria de o ser no preciso momento em que se tenta descorticar... Ora abóbora, que essa, sim, é bastante descorticável e saborosa.
Compreendo, portanto e perfeitamente, que aquela senhora do exército de salvação, que estava na ponta do L, vestida de negro como convém à função, e que queria - dizia ela - salvar a minha alma , estivesse tão babada com os paradoxos do Prof. Agostinho da Silva. Eu conheço os paradoxos do Prof. Agostinho desde o Tao Te King e acho-lhes um piadão, como é óbvio. Aliás, os paradoxos, inclusive os do Mário Cesariny, e de todos os humoristas do humor negro surrealista - são uma forma saudável de penetrar o impenetrável, mais saudável, sem dúvida, do que o Schwaller de Lubicz, do que querer descorticar faraós, desventrar mitos e múmias .

É o que se está a fazer em Portugal, a 5 anos do Ano 2000. Desvirtuar o trabalho e o pensamento redentor de Étienne Guillé e o trabalho 12 vezes hercúleo de Étienne Guillé, é um bocado chato, convenhamos. Equivale a perder a derradeira chance de conquistar para o Cosmos inteiro (incluindo a pobre humanidade do Planeta Terra) a Nova Idade de Ouro.
«Interlocutor Válido, Procura-se » é o anúncio que vou pôr, neste deserto de ideias, neste pântano pseudo-energético em que estamos enterrados.
4/Dezembro/1994
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(1) «As Estruturas Antropológicas do Imaginário», Presença, Lisboa, 1989
(2) «Psychologie et Alchimie», Zurich, 1970 e « Les Racines de la Conscience», Zurich, 1971
(3) «O Sagrado e o Profano», Lisboa, s/d e «Imagens e Símbolos», Lisboa, 1979, etc
(4) «L'Homme et le Sacré», Gallimard, Paris, 1950
(5) «O Poder do Mito», Ed. Palas Athena, São Paulo, 1990
(6) «Bio-Energétique Chinoise», Maloine, 1976
(7) «A Linguagem Esquecida», Ed. Zahr, Rio, 1962
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