ETIENNE 92
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Arcos, 27/11/1992
DIÁRIO DE UM APRENDIZ-RELENDO ETIENNE GUILLÉ>
O redemoinho de vaidades e egos rechonchudos em que a literatura, por exemplo, mete as pessoas, sempre me fez confusão, mas agora mais do que nunca. As pessoas, coitadas, têm o alibi do desespero, que muitas iludem com máscaras várias a fingir de esperança. Várias maneiras tem o demónio de se insinuar na alma de alguém. E uma das maneiras, a de mais baixa, densa e negra magia negra, é perder o sentido das prioridades, que é o principal sentido de orientação, o que se chama o sexto sentido. Só que agora eu sei que existem 12 sentidos. O que falta aprender suscita uma angústia que supera o do já apreendido.
A luta entre conceitos literários: a diferença entre a minha atitude de hoje e a de outrora, é que já consigo ver essas polémicas - a do regional e a do universal - com certo distanciamento! Com uma certa indiferença, com uma certa neutralidade. Embora sublinhe, de imediato, que nenhuma dessas palavras - neutralidade, indiferença, distanciamento - define o que sinto, o meu estado de alma neste momento. E essa é uma das dificuldades: expressar, com a linguagem do antigo sistema, o que acontece já no novo sistema, sendo novo um adjectivo que igualmente teremos de aceitar por procuração, pois pertence, também - ele como o seu antónimo - ao antigo sistema. A «New Age» não tem que ver com isto. Todos os movimentos nascidos no seio do «antigo sistema» estão ainda impregnados de MAGA: por muito lugar-comum que isto possa parecer, verás que não é assim tão lugar-comum.
Arcos, 27/11/1992
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Arcos, 27/11/1992
DIÁRIO DE UM APRENDIZ-RELENDO ETIENNE GUILLÉ>
O redemoinho de vaidades e egos rechonchudos em que a literatura, por exemplo, mete as pessoas, sempre me fez confusão, mas agora mais do que nunca. As pessoas, coitadas, têm o alibi do desespero, que muitas iludem com máscaras várias a fingir de esperança. Várias maneiras tem o demónio de se insinuar na alma de alguém. E uma das maneiras, a de mais baixa, densa e negra magia negra, é perder o sentido das prioridades, que é o principal sentido de orientação, o que se chama o sexto sentido. Só que agora eu sei que existem 12 sentidos. O que falta aprender suscita uma angústia que supera o do já apreendido.
A luta entre conceitos literários: a diferença entre a minha atitude de hoje e a de outrora, é que já consigo ver essas polémicas - a do regional e a do universal - com certo distanciamento! Com uma certa indiferença, com uma certa neutralidade. Embora sublinhe, de imediato, que nenhuma dessas palavras - neutralidade, indiferença, distanciamento - define o que sinto, o meu estado de alma neste momento. E essa é uma das dificuldades: expressar, com a linguagem do antigo sistema, o que acontece já no novo sistema, sendo novo um adjectivo que igualmente teremos de aceitar por procuração, pois pertence, também - ele como o seu antónimo - ao antigo sistema. A «New Age» não tem que ver com isto. Todos os movimentos nascidos no seio do «antigo sistema» estão ainda impregnados de MAGA: por muito lugar-comum que isto possa parecer, verás que não é assim tão lugar-comum.
Arcos, 27/11/1992
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